sábado, 10 de fevereiro de 2007

Sobrou para mim :(

Quinta feira 13 horas o segundo elemento do meu serviço (porque a Chefe não estava) foi chamado a uma reunião de emergência convocada pelo conselho de administração.
Devido ao elevado número de macas nos serviços de medicina no último fim de semana e tendo em conta que se aproxima um grave surto de gripe infecciosa (ninguém fala em gripe das aves) e se prevê que o número de internamentos aumente assustadoramente, é necessário tomar medidas urgentes. Serão abertas vagas noutros serviços que, normalmente, têm camas vagas, o Hospital do Mar do BES será um hospital de retaguarda e o Militar outro.
Para além disto será aberto de urgência um novo serviço de medicina (onde antigamente era a cirurgia I piso 3, que foi fechada devido a uma queixa pelas más condições...se tinhas más condições para cirurgia tem agora boas para medicina????). Para este serviço novo de carácter provisório (eu não acredito nessa) irá ser destacado um enfermeiro com experiência de cada serviço de medicina já existente, formando por tempo indeterminado uma nova equipa. O que nos foi transmitido por esta altura é que o dito enfermeiro seria um elemento "mais velho".
Sexta feira 8 horas, a chefe volta a falar no assunto e desta vez diz que o elemento escolhido porderá ser qualquer um que já esteja integrado na equipa (menos as colegas que entraram há 2 semanas).
Sexta feira 16 horas...preparo-me para sair, já estou sem farda, a chefe chama-me ao gabinete. Fui a escolhida. Odiei. Nem sequer pude dizer não. Porque fui eu? Porque os elementos mais velhos são necessários ali e entre mim e a colega que entrou ao mesmo tempo que eu, eu sou mais dinâmica. Sinceramente pareceu-me uma justificação apressada. Não acho que vá ser algo bom para mim. Já não me bastava estar a passar uma fase emocionalmente destrutiva ainda me acontece uma destas. Sinto-me rejeitada.
Alguns colegas ligaram a apoiar-me mas no fim de tudo quando voltar (se voltar) já nem se vão lembrar que um dia estive com eles.
Fartei-me de chorar.
Para ajudar à festa o T. estava com uma birra de todo o tamanha porque foi obrigado a ir trabalhar no Sábado e a festa de anos da sogrinha foi para esquecer; todos aos berros e o G lembrou-se de se pôr à frente dela e ela acabou por cair em cima do braço magoado que já conseguia voltar a erguer (volta a não conseguir).
Começo a desistir...

1 comentário:

Maria da Luz disse...

Estou mesmo a ver que as coisas estão complicadas, desejo-te muita coragem, pensa que amanhã será outro dia.
Será que vai para aí haver alguma grippe especial?
Coragem cara colega