quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Para responder à questão de D. Santos...

Quem lê frequentemente o meu blog tem conhecimento que me encontro a fazer o Mestrado em Cuidados Paliativos.
Ao longo das aulas somos muitas vezes confrontados com várias questões, entre as quais a questão que coloquei "Como gostaria de morrer?".
Obviamente ninguém gostaria de morrer, ou melhor ninguém gosta de pensar nisso, porém é algo que temos como garantido.
Este pedido surge para confrontar quem me lê e a mim própria com a finitude do ser humano e principalmente com a forma como quero viver a minha vida e como, sendo profissional de saúde, quero cuidar o outro que nasce, vive e morre.
Qualquer resposta é aceite, até mesmo o silêncio. Por exemplo, a resposta da minha amiga e colega de profissão Ena Rot diz-me tudo o que quero ouvir, para ela morrer descalça é importante. Pode parecer descabido ou estranho mas é um sentimento que se esconde nessa palavra, sentimento esse que tem que ser respeitado.
Eu, por exemplo, ao contrário do que grande parte das pessoas podem dizer não gostaria de morrer de morte repentina, pois quero poder despedir-me e encerrar assuntos da minha vida, quero poder preparar-me com dignidade mas sem encarniçamento.
Perguntem-se como gostariam de morrer?

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