quinta-feira, 24 de abril de 2008

Foste embora (e a culpada fui eu) e agora morri.
Estou assustada sem ti.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

SPM

dá comigo e com todos em doidos.
fico fora de mim!
já não tenho controlo nisto... está a destruir-me a vida.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Fui multada!


Bolas!
Saí de fazer noite e na Avenida Lusíada quando se desce em direcção ao Colombo aquilo com o embalo anda-se um bocado mais depressa e convenha que tinha pressa para ir dormir. O limite é de 80 km/h e a je foi apanhada a 105 km/h. Nem vi o carro com o radar! Fui logo paradinha com uma pinta do caraças e o Sr agente com a piadinha no fim de "então vá descansar!". Como se depois de uma multa de 120 euros e cadastro de contra-ordenação grave durante 5 anos deixe alguém descansar!
Sim fiquei irritada mas o Sr agente estava a fazer o trabalho dele.
Há trabalhos da treta realmente. O trabalho dos polícias leva-os a serem insultados o dia todo!
Estúpido!
Agora tenho que andar pianinho se não quero ficar com inibição de conduzir.
Bolas!

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Acabaram-se as férias

Foi uma semaninha de algum descanso... mas soube a muito pouco. Ainda me sinto esgotada.
E agora... estou a poucas horas de regressar ao trabalho com a bela da noite. Sem conhecer doentes... Sem me sentir com vontade...
(Sometimes) I HATE MY LIFE!

Corte de cabelo

Pois é já me esquecia de falar deste pormenor!
De vez em quando lá tenho a necessidade emocional de cortar o cabelo e quando assim é entrego a minha farta cabeleira nas mãos da minha muito querida Lena e deixo-a cortar como ela quer porque confio naquelas mãos (não não foi ela que me pôs o tão famoso cabelo cor de rosa!).
E lá veio o belo do corte diferente. E ponha-se diferente nisso porque tenho franja e há mais de 10 anos que não tinha franja.
O T adorou. Diz que "quando pensava que eu não podia ficar mais linda, fiquei", mas eu sinceramente não estou a gostar nada. Irrita-me ter cabelo em cima dos olhos e a franja não se ajeita lá muito bem.
Enfim... com o tempo logo se verá.

Passeio de fim de semana

Obviamente aproveitamos também o fim de semana para passear e visitar alguns locais.
Em primeiro lugar e já que estávamos em Alcobaça fomos visitar o mosteiro de uma ponta a outra.
No regresso passamos por Óbidos mas como ainda havia algum sol e somos pessoas de água fomos até à Lagoa de Óbidos e à Foz do Arelho.
Pelo caminho paramos em Peniche para ver o Cabo Carvoeiro, a Ilha das Berlengas ao longe e almoçar.
Paramos ainda na Ericeira e rumamos depois a casa já muito cansados de umas quantas horas no carro pois apesar de ser tudo muito perto, fizemos a viagem pelas terrinhas muito devagar para apreciar a natureza como deve ser.

Your Hotel & SPA

O resto do fim de semana romântico foi passado neste Hotel perdido numa aldeia de Alcobaça, rodeado de silêncio e verde.
O Hotel de 3 estrelas obviamente não é surpreendente, o que sim é surpreendente é o SPA & Beyond que pertence ao Hotel. Com um aspecto impecável e moderno, um cheiro Zen e uma lugar apaziguadora tivemos a oportunidade de aproveitar a zona de Hidroterapia que tem piscina com jacuzzi, turno, sauna e passeio dos chuveiros assim como de uma de muitas massagens "Romeu e Julieta". Uma massagem de 60 minutos para o casal em conjunto.
Foram momentos tranquilos e relaxantes que nos fizeram esquecer o stress.
O restaurante também não é nada por aí além.
Apesar de tudo foi uma óptima estadia porque precisávamos mesmo de nos afastar das coisas de todos os dias e de nos mimar.

Restaurante Afreudite

Já que não houve possibilidade de uma semana de férias em conjunto, eu e o T reservamos um fim de semana para namorar muito.
O fim de semana começou na sexta à noite.
Fui buscá-lo ao emprego e fomos jantar ao Restaurante Afreudite no Parque das Nações.
Ambiente muito íntimo e acolhedor, num espaço pequeno mas onde cabe muito amor.
Foi um jantar cheio de sensações novas uma vez que a aposta é feita nos sabores originais que despertam os 5 sentidos.
No final apresentam uma ideia original e muito romântica. Cada um retira de um baú um papel com um poema e tem que o ler ao outro. Muito romântico. O nosso tinha tudo a ver com nós e curiosamente calhou o mesmo aos dois.
Não há coincidências!
Todo este afrodisíaco resultou pois assim que saímos do Restaurante beijos houve muitos! LOL

Cozinhados! Bacalhau à Vianense

É certo e sabido pelos que me conhecem que não gosto de cozinhar, porque é uma perda de tempo e porque normalmente só cozinho para uma pessoa - eu - e eu como qualquer coisa.
Mas pronto, tenho que começar a cozinhar à séria e como até tenho uma cozinha bem equipada lá me mexi um bocado.
Vamos lá ver o que há no congelador!
Bacalhau!
Não gosto do belo do bacalhau cozido com batatas que não me sabe a nada (a não ser que seja muito bem regado com litros de azeite), por isso vamos lá ver aqui na minha bíblia das receitas o que se faz depressa e bem.
Ora bem....
Bacalhau à Vianense.
Vamos lá!

Umas rodelas de cebola e pica-se alho
(mas eu preferi picar tudo!).











O Bacalhau vai a cozer em leite.
Descascam-se batatas, e vao a cozer noutro recipiente.
Quando já cozidas cortam-se às rodelas.
Escoa-se o bacalhau depois de cozido e coloca-se numa travessa que vá ao forno (era suposto ser de barro mas como não tenho nenhuma vai com uma de pirex).
Coloca-se a cebola e o alho por cima do bacalhau e
dispõem-se as batatas em redor.
Tempera-se com pimenta e rega-se com azeite.
Leva-se ao forno durante uns 35 minutos.
E o resultado final deverá ser mais ou menos este.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Férias...da treta!


Isto era o que eu tinha planeado. Até porque na semana passada teve um tempo óptimo mas depois...
Parece castigo!
O T também não conseguiu os dias...
Estou irritada!

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Dias horríveis!

Hoje (quase) tudo foi mau!
É o desassossego que me crias porque o nosso amor anda à deriva, cheio de medos e incertezas, cheio de solidão e afastamento. Cheio de dois corações fechados à defesa.
Não tenho dormido muito. Não consigo. São os parvalhões dos vizinhos de cima a arrastar o que quer que seja às duas da manhã (um dia destes..). Sou eu que simplesmente acordo agitada... assustada.
Não tenho comido, nem muito, nem bem. Odeio estas datas em só se come comida da boa, porque come-se, come-se, come-se, até enche uns quantos dias assim de seguida, porque sobra sempre a doçaria e é "pecado" deixar estragar. Nos últimos 5 meses, com toda a desilusão da vida ganhei uns 3-4 quilos e odeio isso. Nunca fui grande fã do meu corpo, mas quando tive que comprar "as minhas calças cú 38", passei-me. Estou desanimada. Já te disse que este ano vou envergar fato de banho calção, não há cá naturismo para mim que me sinto balofa. Amanhã regresso ao ginásio mas já sabes como sou, sem paciência, e desistente com muita facilidade.
Hoje quase me perdi; não no sentido de se perder num caminho, se bem que isso também acabou por acontecer, mas perdi-me do meu corpo e da minha alma.
A manhã não começou bem porque como não durmo ligo dois despertadores com meia hora de diferença. O problema nessa meia hora é que é quando devia estar a sair de casa e não a levantar-me. Vale-me que não sou de cremes e pinturas e roupas produzidas (também já desisti disso), senão o atraso não era de 5 minutos...
Cheguei atrasada, a chefe marcou o ponto.
Não passei o turno no papel porque não me apeteceu. Péssima ideia! Desorganizei-me logo.
O Sr. AM tinha falecido às 6:45. Ainda lá estava o corpo. 95 anos de sabedoria, um linfoma e uma semana de dopamina porque as hipotensões não cediam (se calhar não era para ceder não???).
Comi qualquer coisa porque só tinha bebido um iogurte no carro no meio do trânsito do IC19.
Calhou-me a enfermaria das mulheres. Bolas! São horríveis. Muitas! Chatas! Mulheres! Tenho estado sempre com os homens e até já tenho uma relação de empatia com eles... Que treta! Terapêutica do pequeno-almoço... a porcaria do carro não foi reposto outra vez! Assim não dá! Reclamação à chefe! Já não me deve poder ouvir!
A L, um amor, dá-me os banhos.
A D. I (caso social porque a filha não a quer levar para casa e ela não quer ir para casa da nora), não quer fazer levante e começa aos berros a chamar pela enfermeira e eu à frente dela. Não sou tolerante com histerismos! Depois de um berro meu, lá se calou. (Sim, enfermeira de merda que sou!).
A D. A com taquicárdia, vai de bólus de amiodarona, monitorização e perfusão a seguir e como a Sra Dra tem medo que entre em paragem (mas "não é para fazer nada"), quer que seja deitada novamente no leito.
Várias tentativas para avisar a família do Sr AM sem sucesso.
Não me sinto bem. Sinto-me fraca e não consigo escrever. Tenho as mãos a tremer.
TA 120/88. Normal? Não! Elevada porque o normal é nos 90/50!
Dei um banho com a L à doente infectada que é do R mas como ele é um encosta... nem olhou para ela e depois na passagem de turno andei eu a passar o que ele não passou!
Chega a filha do Sr AM e interpela-me no corredor. O meu pai não está ali! Não me diga que morreu! Bolas não é suposto ser eu a dar estas notícias! Venha comigo. Toco-lhe ao de leve no ombro. Já percebeu! "O seu pai piorou durante a noite e veio a falecer de madrugada. Fizemos várias tentativas de contacto para o número que nos disponibilizaram mas ninguém atendeu." Descanso e desilusão porque queria ter estado presente. Acalmei-a. Felicitei-a pelos bons cuidados que tinha prestado até então. Disponibilizei-me.
Terapêutica do almoço. Comecei. Com tonturas e sem força. Chamam por mim: S anda! Doente em paragem na sala dos homens. 83 anos, neo gástrica disseminada. Já ia tudo com o carro de urgência. Eu, elemento mais velho no momento falo com o médico assistente e pergunto o que quer, ele diz que não reanima e eu mando-lhes um berro a todas as que já se estavam a stressar para parar. Mais de meia hora para terem a certeza!
De volta à medicação. Carro sem coisas. Este isto, aquele aquilo... Blá, blá, blá.
Encontro a esposa do Sr JS. Neo do pâncreas metastizado. Voltou alguns dias depois da alta. Estado geral muito piorado. Hoje... vigil, mas... A mulher muito chorosa. "O J hoje não está bem." "Como acha que ele está?" "Não está bem." "O que espera que aconteça?" "O que acha que vai acontecer?" "O que tem dito a médica?" " Que está mal!" "Sabe que a situação pode piorar mas como tem visto o Sr J está traquilo e sem sinais de sofrimento" "Mas eu estou a sofrer tanto"
Acabo a medicação 2 horas depois de iniciar. Ainda me sinto mal.
TA 144/88. A subir... Merda!
Passo o turno.
Escrevo notas fora de horas.
Falo com a chefe sobre tudo e nada.
Ouvimos gritos de choro.
O Sr J faleceu. Com a família.
Estão à entrada do serviço. Tenho que passar por lá para sair. Bolas! Porque falei com ela?
Mal me vê "você bem sabia que ele morria!". Só lhe consigo dizer "Conversei consigo hoje como poderia ter conversado noutro dia qualquer!" "O mais importante é que ele morreu em paz e acompanhado dos que mais o amavam e sei que isso também é importante para si"
Entro no carro com as lágrimas presas na garganta. Hoje não respiro.
Dizes-me para ir à praia. São quase 18 horas. Bolas o meu horário de saída é às 16!
Saio. Perco-me no caminho que quero seguir.
Ainda não almocei.
Desisto.
19 horas ainda no trânsito.
Oiço-te na minha cabeça "vai à praia"
E vou.
Sento-me. Como.
Água, terra, mar e fogo.
Finalmente sinto-me a respirar.
Um pouco de paz.
O Sol esperou por mim.
Sinto-me melhor.
Agora aqui, à espera que me ligues a contar como foi a tua primeira aula de yoga. Pelo sms pareces-me apaziguado. Foste tocar guitarra.
Precisei falar-te de hoje assim, apesar dos sms do dia.
Estamos quase a fugir daqui.
Ainda estão as lágrimas presas mas já não há mal estar físico.
Espero-te.
Com medo.
Com tristeza.
Com a sensação de um dia terrível.
Sabendo que não fui uma boa enfermeira, porque não estou preparada. Porque preciso de uma cama de hospital. EU!