segunda-feira, 23 de abril de 2007

300

Eu e o T fomos ao cinema no dia de chuva das nossas férias. Há tempos que ele queria ver este filme portanto lá fomos nós.

Não é o género de filme que eu aprecie. Épicos não é cá comigo mas mesmo assim devo dizer que tem uma fotografia excelente, o argumento também é muito bom, assim como a banda sonora.

O Rodrigo Santoro no papel do "mau da fita" - Xerxes - é que fica um bocadinho gay além de não parecer nada ele. Aqui fica a foto para comprovar.

Mini férias

Trabalhamos muito, às vezes 16 horas seguidas mas depois conseguimos assim 5 dias de "férias" que podemos partilhar com o nosso amor.
Há 5 dias que não vou trabalhar e sabe mesmo bem, principalmente porque agora vou trabalhar 9 dias seguidos a fazer quase só manhãs!
Mas o que interessa é que passei 4 dias com o meu amor, só os dois em casa. Passamos estes dias a veranear entre o Meco e a praia de Carcavelos. Muito bom mesmo! Já estava a morrer de saudades.
Hoje já é dia de trabalho para ele. Novo trabalho. Deve estar uma "pilha" de nervos mas nem lhe mando sms para não o interromper neste primeiro dia. É um passo grande para ele e sinto-me orgulhosa de estar ao lado dele e poder partilhar este ponto de viragem na vida dele.
Foram umas boas férias em que namoramos sossegados, com algumas birras minhas é claro, mas fomos só os dois uma família com a vivenda de Cascais por nossa conta.
Fomos família também nas palavras dele. Ontem na praia debaixo do guarda-sol disse-lhe "parecemos uma família" ao qual ele respondeu "mas eu pensava que já sabias que éramos há muito tempo!".
Às vezes fico triste porque não diz o que eu gostava de ouvir mas depois, quando não lhe peço nada nem estou à espera ele diz e diz tudo em poucas palavras.
O amor é assim...

O nosso álbum de verão

Life in Cartoon Motion




Grace Kelly

terça-feira, 17 de abril de 2007

segunda-feira, 16 de abril de 2007

"Estranhezas"

Voltei para o meu serviço de origem.
Uma colega rescindiu contrato e portanto voltou a haver lugar para mim tendo eu deixado de estar "substituída.
Sim estou contente mas ao mesmo tempo tenho dentro de mim um enorme sentimento de não pertença.
A maioria dos médicos já me deu as "boas vindas" com um grande sorriso, incluindo o Director de serviço. Porém os enfermeiros, os meus colegas directos não o fizeram. Apenas um o fez, mas nunca esperei outra coisa dele pois sempre me tem tratado com muito carinho e preocupação; tem-me tratado como trata a filha dele que tem a minha idade.
Esta falta de apoio por parte dos meus colegas faz-me sentir fora de lugar e pouco acarinhada. É bem verdade quando dizem que "só faz falta quem está".
Num mundo de mulheres não se poderia esperar outra coisa mas...
Mas irrita-me ainda mais precisar deste colo! Porque é que sinto que preciso da "aprovação!" de toda a gente?

terça-feira, 10 de abril de 2007

Sonic Nurse

Álbum discográfico dos Sonic Youth, banda dos tempos de grunge.

Não conheço mas achei engraçado o nome do álbum.

Injustiças para quem trabalha parte III

O Serviço de Medicina onde me encontro actualmente vai finalmente fechar. Acabou de me ligar uma colega a dar a notícia.
Contudo, a Sra. Enfermeira Supervisora O. fez questão de dizer que como já fomos substituídos nos nossos Serviços de origem, não somos lá necessários portanto iremos "tapar buracos" para outros serviços.
Estou furiosa, obviamente.
Estou a tentar mentalizar-me que "pelo menos não fui despedida".
Caraças (para não dizer outra coisa!)!.
Isto de ser pequenino...
Estou a pensar seriamente enviar CV's para outros sítios.
Ajudem-me!
P.S. Muito simpaticamente a Sra. Supervisora O disse que se quisessemos pedir transferência para algum serviço específico que o fizessemos agora. Mas obviamente a minha colega que pediu transferência para o SU desde que entrou no HSM foi logo avisada que para lá "nem pensar!". Alguém me aconselha algum serviço?

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Boa acção da Páscoa...

Temos no serviço uma Sra. que no decorrer de uma paragem respiratória no mês de Dezembro de 2006 (altura em que foi internada no SMI - Serviço de Medicina Intensiva do HSM), foi ventilada, tendo-lhe posteriormente sido colocada uma Traqueotomia. Desde Janeiro que fazem tentativa de desmame da Traqueotomia mas sem sucesso. Tem-se mantido sempre internada, e com infecções respiratórias frequentes.
Há cerca de 1 mês quando foi transferida para o meu serviço, numa tarde em que cuidava dele, entrou em FA com RVR (Fibrilhação Auricular com Resposta Ventricular Rápida). Como o serviço não tinha sequer um monitor para vigiar a doente, esta foi transferida novamente para a Medicina de origem.
Regressou há duas semanas com uma infecção respiratória por Acinetobacter multiresistente, para um quarto "isolado" (aquele isolamento que nós sabemos!).
Na quinta-feira passada, estava eu a fazer Tarde/Noite. O Chefe deixou amêndoas.
Esta Sra. é uma doente muito debilitada fisicamente que, curiosamente, não se encontra a realizar qualquer tipo de Fisioterapia. Necessita de ajuda total em todas as AVD's (Actividades de Vida Diária). Alimenta-se muito mal. Normalmente só come a sopa e, na maioria das vezes, não a come toda. Auxiliei-a durante o jantar, dando-lhe à boca a sopa. No fim, perguntei-lhe se gostava de doces. Ela lá me disse com dificuldade, como sempre sucede quando tenta comunicar uma vez que a Cânula é não fenestrada e portanto temos que ler os lábios dela. Disse-me que sim, que gostava de doces. Perguntei-lhe se a última vez que tinha sentido o sabor de um doce tinha sido no Natal, já que esse tinha sido o último dia que tinha passado com a família. Respondeu-me que sim. Lembrei-me das amêndoas do Chefe. Perguntei-lhe se gostava. Sim. Fui buscar. Deixei-a saborear a amêndoa. Fiquei perto dela no caso de se engasgar. Correu tudo bem e no fim li nos seus lábios: MUITO OBRIGADA!
Os tempos da enfermagem são maus. Os tempos de profissional no HSM são maus. Mas enquanto houver pessoas para cuidar, vale sempre a pena mais um turno.

Páscoa(s)

Ontem festejei a Páscoa com a família do T, a família emprestada. Onze pessoas no total. Muito barulho. Muita confusão. Presentes à mistura. Muita comida, principalmente doces. Lombo assado com batata assada, castanhas, arroz com salsa, ervilhas estufadas, salada... e doces, muitos doces. O melhor de todos (o meu preferido pronto) é a tarte de nata que a sogrinha faz.
Hoje festejei a Páscoa no Minho, com a minha família de origem. Cá na terra há Páscoa à Segunda-feira com visita do Compasso a casa (se bem que em casa da avó já há alguns anos não se faz isso). Sete pessoas. Poucos doces. Muito riso (obrigada padrinho). Cozido à Portuguesa feito pela avó.
Sou uma sortuda por ter duas famílias!