apetece-me dizer-lhe para se calar e abraçar-me!
quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007
sábado, 24 de fevereiro de 2007
Boas novas...
segundo o chefe a direcção pretende fechar o serviço até dia 15 de Março. Esperemos que seja verdade. Eu fiquei aos pulos de alegria!
quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007
Desabafo
Há dias em que é difícil respirar (e não digo isto só porque estou constipada e tenho o nariz congestionado).
A vida põe-nos à disposição demasiados obstáculos. Sim é verdade que quando os ultrapassamos nos sentimos bem e vitoriosos, o problema é quando só os vejo a aparecer e nenhum a desaparecer.
Desde que os meus colegas de casa se foram embora e vieram outros as coisas têm vindo a piorar. Ou melhor, desde Agosto que comecei a afundar. Quando todos se foram embora e passei a viver sozinha comecei a morrer. No primeiro dia chorei muito mal cheguei a esta casa que estava vazia (até fazia eco). Depois, durante uns dias até foi giro: fazia o que queria e como tinha acabado de começar a trabalhar andava toda contente.
Duas semanas depois vieram novos colegas para cá, dois homens, e a partir daí a desgraça.
Não me respeitam. Sou o elemento mais velho na casa e por isso responsável pelo pagamento das contas. Nunca me pagam a tempo, não fazem a limpeza nos dias deles. Todos os meses tenho chatices e acho que não preciso disso, nem mereço.
O trabalho tem vindo a piorar. Não me sinto realizada. E com esta última mudança sinto que trato (não cuido) das pessoas como animais (há animais que são melhor tratados).
No amor falho, todos os dias. Tenho muitos ciúmes e causo muitas discussões. Sou demasiado apressada e não confio.
Desde que o ano começou tem sido mesmo o pior de sempre.
Choro todos os dias.
E não há colo nem mão amiga.
O T já não suporta ouvir-me.
As amigas de faculdade andam nas suas vidas.
Há dias em que é muito difícil aguentar a pressão da vida.
Há dias em que a vida não faz sentido e em que muitas coisas más nos passam pela cabeça e começam a parecer solução.
A vida põe-nos à disposição demasiados obstáculos. Sim é verdade que quando os ultrapassamos nos sentimos bem e vitoriosos, o problema é quando só os vejo a aparecer e nenhum a desaparecer.
Desde que os meus colegas de casa se foram embora e vieram outros as coisas têm vindo a piorar. Ou melhor, desde Agosto que comecei a afundar. Quando todos se foram embora e passei a viver sozinha comecei a morrer. No primeiro dia chorei muito mal cheguei a esta casa que estava vazia (até fazia eco). Depois, durante uns dias até foi giro: fazia o que queria e como tinha acabado de começar a trabalhar andava toda contente.
Duas semanas depois vieram novos colegas para cá, dois homens, e a partir daí a desgraça.
Não me respeitam. Sou o elemento mais velho na casa e por isso responsável pelo pagamento das contas. Nunca me pagam a tempo, não fazem a limpeza nos dias deles. Todos os meses tenho chatices e acho que não preciso disso, nem mereço.
O trabalho tem vindo a piorar. Não me sinto realizada. E com esta última mudança sinto que trato (não cuido) das pessoas como animais (há animais que são melhor tratados).
No amor falho, todos os dias. Tenho muitos ciúmes e causo muitas discussões. Sou demasiado apressada e não confio.
Desde que o ano começou tem sido mesmo o pior de sempre.
Choro todos os dias.
E não há colo nem mão amiga.
O T já não suporta ouvir-me.
As amigas de faculdade andam nas suas vidas.
Há dias em que é muito difícil aguentar a pressão da vida.
Há dias em que a vida não faz sentido e em que muitas coisas más nos passam pela cabeça e começam a parecer solução.
A vida
Por mais que queiramos mudar as coisas ou fazer de conta que não as vemos a vida encarrega-se de nos mostrar o nosso destino. A mim farta-se de me dizer que vou ficar sozinha na vida. Hoje foi só mais um dia, mais uma vez.
quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007
Ponto de situação n.º 1
O serviço está mais calmo. Tiveram alta bastantes doentes e estão a colocar lá doentes mais independentes. Vamos lá ver. Mas de qualquer forma as condições continuam a ser as mesmas (nenhumas). Mas hoje fartei-me de resmungar e contestar com as chefias e dizer aos familiares para irem ao Gabinete do Utente reclamar.
Alguém me quer arranjar um factor "c" para outro sítio?
Alguém me quer arranjar um factor "c" para outro sítio?
Com o tempo deixa de ter medo...
e quando no fim de semana o T olhava para mim enquanto eu descia as escadas de casa, sorriu. Perguntei porquê e disse que me estava a imaginar vestida de uma certa maneira... Sorri também porque apesar de ninguém o ter dito por palavras eu sei que ele me imaginou vestida de noiva (umas horas antes tinhamos estado a ver o Wedding planners no People & Arts e pronto tinhamos estado a falar no meu vestido para o nosso casamento na praia).
Porque fiquei contente? Porque até agora sempre teve medo de pensar sequer no assunto (ou pensava mas tinha medo de o exteriorizar).
Porque fiquei contente? Porque até agora sempre teve medo de pensar sequer no assunto (ou pensava mas tinha medo de o exteriorizar).
segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007
E para melhorar o clima...
o senhorio lembrou-se de começar as obras hoje no andar de cima. Mas não são umas obras quaisquer não senhor, é simplesmente mandar as paredes todas a baixo (já estão a imaginar o barulho).
A minha cabeça foi atropelada por um elefante e a gargante parece que é um deserto. Ontem fui trabalhar com febre e muito melhor não fiquei (juntando o desgosto).
P*** de vida!
A minha cabeça foi atropelada por um elefante e a gargante parece que é um deserto. Ontem fui trabalhar com febre e muito melhor não fiquei (juntando o desgosto).
P*** de vida!
HSM vergonha nacional!
Pela primeira vez na minha curta existência como enfermeira tive vergonha de o ser e de trabalhar para o maior hospital de país.
Não compreendo nem consigo corroborar com uma política hospitalar que maltrata os doentes.
Senti-me um ser humano horrível.
O serviço tem 24 camas com 20 doentes acamados em camas que já estavam no lixo, que segundo um colega meu, já antigo no HSM, eram camas de há 20 anos atrás. Não há grades para ninguém o que fez que em três dias de funcionamento do novo serviço que ninguém consegue nomear (ele é Medicina E, Medicina 1/2, Medicina prolongamento da 2D), todos os dias tenham caído das camas.
Só há 3 aspiradores portáteis (temos uma doente traqueostomizada que fica só com um), não há rampas de vácuo, há garrafas de oxigénio espalhadas pelos quartos que têm que ser trocadas quase todos os turnos. Tive que seleccionar os doentes que faziam aerossol (foi quase um sorteio a ver quem precisava mais).
Horrível. Às 2 da manhã quis fugir dali a chorar (todas as pessoas que trabalharam no fim de semana foram a chorar para casa).
As famílias perguntam: "porque é que o meu familiar veio para um sítio destes?", eu pergunto-me: "que direito tenho eu de tirar uma pessoa de um serviço onde tinha uma cama e se poderia sentir mais cómoda e segura e trazê-la para este antro?". Até uma maca tem mais segurança que aquelas "camas"!!!!
O chefe veio, assistiu à passagem de turno e ouviu todas as queixas dizendo: "tenho a certeza que foi um fim de semana muito mau, mas vou imediatamente escrever um relatório para mandar à administração".
Eu saí e fui chorar para o meu serviço e estive ao telefone com a minha chefe uma hora, saíndo dessa conversa pouco mais que "eu não posso fazer nada mas vais ver que melhora".
Sinto-me um ser humano horrível.
Desde o primeiro momento que pensei em despedir-me.
Não consigo trabalhar nessas condições.
Mas que cuidadores somos nós os que aceitamos isto?
Quero tanto despedir-me!
Não compreendo nem consigo corroborar com uma política hospitalar que maltrata os doentes.
Senti-me um ser humano horrível.
O serviço tem 24 camas com 20 doentes acamados em camas que já estavam no lixo, que segundo um colega meu, já antigo no HSM, eram camas de há 20 anos atrás. Não há grades para ninguém o que fez que em três dias de funcionamento do novo serviço que ninguém consegue nomear (ele é Medicina E, Medicina 1/2, Medicina prolongamento da 2D), todos os dias tenham caído das camas.
Só há 3 aspiradores portáteis (temos uma doente traqueostomizada que fica só com um), não há rampas de vácuo, há garrafas de oxigénio espalhadas pelos quartos que têm que ser trocadas quase todos os turnos. Tive que seleccionar os doentes que faziam aerossol (foi quase um sorteio a ver quem precisava mais).
Horrível. Às 2 da manhã quis fugir dali a chorar (todas as pessoas que trabalharam no fim de semana foram a chorar para casa).
As famílias perguntam: "porque é que o meu familiar veio para um sítio destes?", eu pergunto-me: "que direito tenho eu de tirar uma pessoa de um serviço onde tinha uma cama e se poderia sentir mais cómoda e segura e trazê-la para este antro?". Até uma maca tem mais segurança que aquelas "camas"!!!!
O chefe veio, assistiu à passagem de turno e ouviu todas as queixas dizendo: "tenho a certeza que foi um fim de semana muito mau, mas vou imediatamente escrever um relatório para mandar à administração".
Eu saí e fui chorar para o meu serviço e estive ao telefone com a minha chefe uma hora, saíndo dessa conversa pouco mais que "eu não posso fazer nada mas vais ver que melhora".
Sinto-me um ser humano horrível.
Desde o primeiro momento que pensei em despedir-me.
Não consigo trabalhar nessas condições.
Mas que cuidadores somos nós os que aceitamos isto?
Quero tanto despedir-me!
sábado, 17 de fevereiro de 2007
Desespero II
Quando é que isto de ter vontade de chorar todos os dias a toda a hora passa?
Já não bastava quase nunca nos vermos durante a semana, agora o T também trabalha aos fins de semana por causa dos prazos. Se pelo menos ele não tivesse medo de vivermos juntos pelo menos encontravamo-nos em casa. Assim eu choro, faço birra, arranjo discussão e estou sozinha nesta casa que cada vez odeio mais e que só me dá problemas. Estou farta disto tudo. Apetecia-me apagar a vida.
Odeio isto!
Já não bastava quase nunca nos vermos durante a semana, agora o T também trabalha aos fins de semana por causa dos prazos. Se pelo menos ele não tivesse medo de vivermos juntos pelo menos encontravamo-nos em casa. Assim eu choro, faço birra, arranjo discussão e estou sozinha nesta casa que cada vez odeio mais e que só me dá problemas. Estou farta disto tudo. Apetecia-me apagar a vida.
Odeio isto!
quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007
Referendo
Nunca me pronunciei publicamente. Tinha e tenho a minha opinião e confesso agora que fico contente pela mudança mas mesmo assim...não é bem assim.
Fico ainda mais contente por me ter apercebido que a mentalidade dos portugueses de há 8 anos para cá mudou e se lembraram que o voto é um direito e um dever.
Obrigada a todos os que foram exercer o seu direito de voto. Afinal o país é de "tanga" mas é só lá para os lados dos governantes.
Povo unido JAMAIS será vencido!
Fico ainda mais contente por me ter apercebido que a mentalidade dos portugueses de há 8 anos para cá mudou e se lembraram que o voto é um direito e um dever.
Obrigada a todos os que foram exercer o seu direito de voto. Afinal o país é de "tanga" mas é só lá para os lados dos governantes.
Povo unido JAMAIS será vencido!
Estranha
Não hoje não estou a fazer noite mas sinto-me estranha. Não consigo dormir.
Hoje de manhã o T tem uma entrevista de emprego e há hora e tal atrás quando lhe liguei a dar um beijo de boa noite ele estava ansioso. Também fiquei nervosa. Bem sei que ele merece melhor e que se tem esforçado muito neste emprego mas quem fica por baixo trabalha e está calado e ele sente-se muito em baixo com isto...
Vamos lá ver como corre. Não perde nada em ir à entrevista. Ele pelo menos recebeu respostas dos CV's que enviou, eu...nadinha de nada.
Andamos os dois assim, muito desanimados.
Vai ser um dia 14 de Fevereiro e não um dia dos namorados
terça-feira, 13 de fevereiro de 2007
Visita guiada...
Saí de fazer tarde/noite no meu (ainda) serviço de Medicina e arrastei a minha (ainda) Chefe para me mostrar o "novo" serviço.
Tem muito melhor aspecto que o meu e so lhe "lavaram a cara": pintaram as paredes e arranjaram o chão.
Menos mal, menos mal.
Vou lá fazer noite de 15 (o T. já ficou todo triste porque assim quase não estamos juntos no dia dos namorados mas já lhe disse que tal como o Natal, o dia dos namorados também pode ser quando o Homem quiser por isso temos o fim de semana por nossa conta).
Depois conto... a noite.... e o "meu" dia/fim de semana dos namorados ;)
Tem muito melhor aspecto que o meu e so lhe "lavaram a cara": pintaram as paredes e arranjaram o chão.
Menos mal, menos mal.
Vou lá fazer noite de 15 (o T. já ficou todo triste porque assim quase não estamos juntos no dia dos namorados mas já lhe disse que tal como o Natal, o dia dos namorados também pode ser quando o Homem quiser por isso temos o fim de semana por nossa conta).
Depois conto... a noite.... e o "meu" dia/fim de semana dos namorados ;)
segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007
Abalo sísmico
Deviam ser umas 10:30 estava eu ainda deitada na cama a fazer ronha e senti a cama a abanar. Fiquei preocupada mas tentei pensar que não era nada.
Afinal confirma-se: abalo sísmico com epicentro no Algarve.
O primeiro que senti na minha vida (e não achei piada nenhuma).
Afinal confirma-se: abalo sísmico com epicentro no Algarve.
O primeiro que senti na minha vida (e não achei piada nenhuma).
Primeira vez...
Praticamente desde o início da nossa relação que eu durmo em casa do T ao fim de semana. Devíamos namorar há um mês quando a mãe dele disse "porque é que ela vai para Lisboa ao Sábado à noite se no Domingo de manhã tem que voltar? Fica cá a dormir!" Nessa noite tinha já preparado um pijama para mim e tudo (e o presente de Natal dela para mim foi um pijama lol). Na Sexta feira estávamos tão mal os dois principalmente por causa dos nossos trabalhos e pelo fiasco da festa de anos da mãe que lhe pedi para dormir com ele (na minúscula cama de solteiro dele). Ele, que nunca quis por respeito aos pais, disse que sim...a mãe nem pestanejou... Não dormimos lá muito bem...sempre que um se virava acordava o outro mas dormimos protegidos e calmos porque o outro estava ali.
No Sábado à noite dei-lhe um beijo de boa noite e ia para o quarto onde costumo dormir e ele diz-me "onde vais? não queres dormir comigo?". Foi muito querido da parte dele, principalmente agora que estamos a passar uma fase muito dificil em que não há um dia em que não haja discussão e eu não ache que a separação está próxima.
Também foi a primeira vez que a sogrinha disse uma coisa :) fomos ao cimena as duas no Sábado à tarde ver o Babel e quando saímos fomos ter com o sogro que estava a ver um carro. Pusémo-nos as duas a olhar para dentro de um carro familiar. Digo eu "este é muito grande para o T", ao que ela responde "este é para quando vocês tiverem filhos". Acho que nem reagi. Assim que o T chegou de Lisboa do trabalho contei-lhe logo e sorriu. Não acho que tenha dado grande importância ao assunto. Pena :(
No Sábado à noite dei-lhe um beijo de boa noite e ia para o quarto onde costumo dormir e ele diz-me "onde vais? não queres dormir comigo?". Foi muito querido da parte dele, principalmente agora que estamos a passar uma fase muito dificil em que não há um dia em que não haja discussão e eu não ache que a separação está próxima.
Também foi a primeira vez que a sogrinha disse uma coisa :) fomos ao cimena as duas no Sábado à tarde ver o Babel e quando saímos fomos ter com o sogro que estava a ver um carro. Pusémo-nos as duas a olhar para dentro de um carro familiar. Digo eu "este é muito grande para o T", ao que ela responde "este é para quando vocês tiverem filhos". Acho que nem reagi. Assim que o T chegou de Lisboa do trabalho contei-lhe logo e sorriu. Não acho que tenha dado grande importância ao assunto. Pena :(
sábado, 10 de fevereiro de 2007
Sobrou para mim :(
Quinta feira 13 horas o segundo elemento do meu serviço (porque a Chefe não estava) foi chamado a uma reunião de emergência convocada pelo conselho de administração.
Devido ao elevado número de macas nos serviços de medicina no último fim de semana e tendo em conta que se aproxima um grave surto de gripe infecciosa (ninguém fala em gripe das aves) e se prevê que o número de internamentos aumente assustadoramente, é necessário tomar medidas urgentes. Serão abertas vagas noutros serviços que, normalmente, têm camas vagas, o Hospital do Mar do BES será um hospital de retaguarda e o Militar outro.
Para além disto será aberto de urgência um novo serviço de medicina (onde antigamente era a cirurgia I piso 3, que foi fechada devido a uma queixa pelas más condições...se tinhas más condições para cirurgia tem agora boas para medicina????). Para este serviço novo de carácter provisório (eu não acredito nessa) irá ser destacado um enfermeiro com experiência de cada serviço de medicina já existente, formando por tempo indeterminado uma nova equipa. O que nos foi transmitido por esta altura é que o dito enfermeiro seria um elemento "mais velho".
Sexta feira 8 horas, a chefe volta a falar no assunto e desta vez diz que o elemento escolhido porderá ser qualquer um que já esteja integrado na equipa (menos as colegas que entraram há 2 semanas).
Sexta feira 16 horas...preparo-me para sair, já estou sem farda, a chefe chama-me ao gabinete. Fui a escolhida. Odiei. Nem sequer pude dizer não. Porque fui eu? Porque os elementos mais velhos são necessários ali e entre mim e a colega que entrou ao mesmo tempo que eu, eu sou mais dinâmica. Sinceramente pareceu-me uma justificação apressada. Não acho que vá ser algo bom para mim. Já não me bastava estar a passar uma fase emocionalmente destrutiva ainda me acontece uma destas. Sinto-me rejeitada.
Alguns colegas ligaram a apoiar-me mas no fim de tudo quando voltar (se voltar) já nem se vão lembrar que um dia estive com eles.
Fartei-me de chorar.
Para ajudar à festa o T. estava com uma birra de todo o tamanha porque foi obrigado a ir trabalhar no Sábado e a festa de anos da sogrinha foi para esquecer; todos aos berros e o G lembrou-se de se pôr à frente dela e ela acabou por cair em cima do braço magoado que já conseguia voltar a erguer (volta a não conseguir).
Começo a desistir...
Devido ao elevado número de macas nos serviços de medicina no último fim de semana e tendo em conta que se aproxima um grave surto de gripe infecciosa (ninguém fala em gripe das aves) e se prevê que o número de internamentos aumente assustadoramente, é necessário tomar medidas urgentes. Serão abertas vagas noutros serviços que, normalmente, têm camas vagas, o Hospital do Mar do BES será um hospital de retaguarda e o Militar outro.
Para além disto será aberto de urgência um novo serviço de medicina (onde antigamente era a cirurgia I piso 3, que foi fechada devido a uma queixa pelas más condições...se tinhas más condições para cirurgia tem agora boas para medicina????). Para este serviço novo de carácter provisório (eu não acredito nessa) irá ser destacado um enfermeiro com experiência de cada serviço de medicina já existente, formando por tempo indeterminado uma nova equipa. O que nos foi transmitido por esta altura é que o dito enfermeiro seria um elemento "mais velho".
Sexta feira 8 horas, a chefe volta a falar no assunto e desta vez diz que o elemento escolhido porderá ser qualquer um que já esteja integrado na equipa (menos as colegas que entraram há 2 semanas).
Sexta feira 16 horas...preparo-me para sair, já estou sem farda, a chefe chama-me ao gabinete. Fui a escolhida. Odiei. Nem sequer pude dizer não. Porque fui eu? Porque os elementos mais velhos são necessários ali e entre mim e a colega que entrou ao mesmo tempo que eu, eu sou mais dinâmica. Sinceramente pareceu-me uma justificação apressada. Não acho que vá ser algo bom para mim. Já não me bastava estar a passar uma fase emocionalmente destrutiva ainda me acontece uma destas. Sinto-me rejeitada.
Alguns colegas ligaram a apoiar-me mas no fim de tudo quando voltar (se voltar) já nem se vão lembrar que um dia estive com eles.
Fartei-me de chorar.
Para ajudar à festa o T. estava com uma birra de todo o tamanha porque foi obrigado a ir trabalhar no Sábado e a festa de anos da sogrinha foi para esquecer; todos aos berros e o G lembrou-se de se pôr à frente dela e ela acabou por cair em cima do braço magoado que já conseguia voltar a erguer (volta a não conseguir).
Começo a desistir...
terça-feira, 6 de fevereiro de 2007
Novo record na Medicina!
Na noite de Segunda eram 9 macas.
Esta noite, noite de Terça, eram 13 macas. Só costumamos ser 2 enfermeiros à tarde e à noite mas visto o caos a Chefe até mandou vir uma colega que estava de folga para fazer extraordinário.
É o caos no HSM!
Esta noite, noite de Terça, eram 13 macas. Só costumamos ser 2 enfermeiros à tarde e à noite mas visto o caos a Chefe até mandou vir uma colega que estava de folga para fazer extraordinário.
É o caos no HSM!
"O ÚNICO DEFEITO DA MULHER"
Texto de Sérgio Gonçalves, redactor da Loducca, publicado no jornal da agência
"Se uma memória restou das festinhas e reuniões de familiares da minha infância, foi a divisão sexual entre os convivas: mulheres de um lado, homens do outro.
Não sei se hoje isso ainda acontece. Sou anti-social ao ponto de não frequentar qualquer evento com mais de 4 pessoas, o que não me credencia a emitir juízos. Mas era assim que a coisa acontecia naqueles tempos.
Tive uma infância feliz: sempre fui considerado esquisito, estranho e solitário, o que me permitia ficar quieto a observar a paisagem. Bem, depressa verifiquei que o apartheid sexual ia muito além das diferenças anatómicas. A fronteira era determinada pelos pontos de vista, atitude e prioridades. Explico: no lado masculino imperava o embate das comparações e disputas. "O meu carro é mais potente, a minha televisão é mais moderna, o meu salário é maior, a vista do meu apartamento é melhor, a minha equipe de futebol é mais forte, eu dou 3 por noite" e outras cascatas típicas da macheza latina.
Já no lado oposto, respirava-se outro ar. As opiniões eram quase sempre ligadas ao sentir. Falava-se de sentimentos, frustrações e recalques com uma falta de cerimónia que me deliciava.
Os maridos preferiam classificar aquele ti-ti-ti como mexerico. Discordo. Destas reminiscências infantis veio a minha total e irrestrita Paixão pelas mulheres. Constatem, é fácil. Enquanto o homem vem ao mundo completamente cru, as mulheres já chegam com quase metade da lição estudada.
Qualquer menina de 2 ou 3 anos já tem preocupações de ordem prática. Ela brinca às casinhas e aprende a pôr um pouco de ordem nas coisas. Ela pede uma bonequinha a quem chama filha e da qual cuida, instintivamente, como qualquer mãe veterana. Ela fala em namoro mesmo sem ter uma ideia muito clara do que vem a ser isso. Noutras palavras, ela já nasce a saber. E o que não sabe, intui.
Já com os homens a historia é outra. Você já viu um menino dessa idade a brincar aos directores? Já ouviu falar de algum garoto fingindo ir ao banco pagar as contas? Já presenciou um bando de meninos fingindo estar preocupados com a entrega da declaração do IRS? Não, nunca viram e nem hão-de ver. Porque o homem nasce, vive e morre uma existência infanto juvenil. O que varia ao longo da vida é o preço dos brinquedos. Aí reside a maior diferença. O que para as meninas é treino para a vida, para os meninos é fantasia e competição.
Então a fuga acompanha-os o resto da vida, e não percebem quanto tempo eles perdem com seus medos.
Falo sem o menor pudor.
Sou assim.
Todos os homens são assim.
Em relação ao relacionamento homem/mulher, sempre me considerei um privilegiado. Sempre consegui ver a beleza física feminina mesmo onde, segundo os critérios estéticos vigentes, ela inexistia.
Porque todas as mulheres são lindas. Se não no todo, pelo menos em algum detalhe. É só saber olhar. Todas têm a sua graça. E embora contaminado pela irreversível herança genética que me faz idolatrar os ícones da futilidade, sempre me apaixonei perdidamente por todas as incautas que se aproximaram de mim. Incautas não por serem ingénuas, mas por acreditarem.
Porque todas as mulheres acreditam firmemente na possibilidade do homem ideal.
E esse é o seu único defeito."
"Se uma memória restou das festinhas e reuniões de familiares da minha infância, foi a divisão sexual entre os convivas: mulheres de um lado, homens do outro.
Não sei se hoje isso ainda acontece. Sou anti-social ao ponto de não frequentar qualquer evento com mais de 4 pessoas, o que não me credencia a emitir juízos. Mas era assim que a coisa acontecia naqueles tempos.
Tive uma infância feliz: sempre fui considerado esquisito, estranho e solitário, o que me permitia ficar quieto a observar a paisagem. Bem, depressa verifiquei que o apartheid sexual ia muito além das diferenças anatómicas. A fronteira era determinada pelos pontos de vista, atitude e prioridades. Explico: no lado masculino imperava o embate das comparações e disputas. "O meu carro é mais potente, a minha televisão é mais moderna, o meu salário é maior, a vista do meu apartamento é melhor, a minha equipe de futebol é mais forte, eu dou 3 por noite" e outras cascatas típicas da macheza latina.
Já no lado oposto, respirava-se outro ar. As opiniões eram quase sempre ligadas ao sentir. Falava-se de sentimentos, frustrações e recalques com uma falta de cerimónia que me deliciava.
Os maridos preferiam classificar aquele ti-ti-ti como mexerico. Discordo. Destas reminiscências infantis veio a minha total e irrestrita Paixão pelas mulheres. Constatem, é fácil. Enquanto o homem vem ao mundo completamente cru, as mulheres já chegam com quase metade da lição estudada.
Qualquer menina de 2 ou 3 anos já tem preocupações de ordem prática. Ela brinca às casinhas e aprende a pôr um pouco de ordem nas coisas. Ela pede uma bonequinha a quem chama filha e da qual cuida, instintivamente, como qualquer mãe veterana. Ela fala em namoro mesmo sem ter uma ideia muito clara do que vem a ser isso. Noutras palavras, ela já nasce a saber. E o que não sabe, intui.
Já com os homens a historia é outra. Você já viu um menino dessa idade a brincar aos directores? Já ouviu falar de algum garoto fingindo ir ao banco pagar as contas? Já presenciou um bando de meninos fingindo estar preocupados com a entrega da declaração do IRS? Não, nunca viram e nem hão-de ver. Porque o homem nasce, vive e morre uma existência infanto juvenil. O que varia ao longo da vida é o preço dos brinquedos. Aí reside a maior diferença. O que para as meninas é treino para a vida, para os meninos é fantasia e competição.
Então a fuga acompanha-os o resto da vida, e não percebem quanto tempo eles perdem com seus medos.
Falo sem o menor pudor.
Sou assim.
Todos os homens são assim.
Em relação ao relacionamento homem/mulher, sempre me considerei um privilegiado. Sempre consegui ver a beleza física feminina mesmo onde, segundo os critérios estéticos vigentes, ela inexistia.
Porque todas as mulheres são lindas. Se não no todo, pelo menos em algum detalhe. É só saber olhar. Todas têm a sua graça. E embora contaminado pela irreversível herança genética que me faz idolatrar os ícones da futilidade, sempre me apaixonei perdidamente por todas as incautas que se aproximaram de mim. Incautas não por serem ingénuas, mas por acreditarem.
Porque todas as mulheres acreditam firmemente na possibilidade do homem ideal.
E esse é o seu único defeito."
P.S. O meu T. mandou este texto por mail, porque eu acredito nas possibilidades dele neste momento em que (aparentemente) perdeu a fé. Eu tenho fé em ti meu amor! Obrigada por estares.
quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007
SPM em força
Se não fosse por ter a certeza que estou com o período dizia que estou grávida!
Desde que cheguei a casa já comi tudo o que apanhei à frente e nada com valor nutritivo decente. Só porcaria e o pior é que continua a apetecer-me comer um hambúrguer, uma tosta, uma pizza, assim coisas gordurosas e cheias de glicose...
O pior é que esta vontade associada à vontade de chorar que está cá dentro são terríveis. São um tormento, algo verdadeiramente infernal mas que felizmente amanhã de manhã já passou.
E a birra é tanta que já bato com o pé no chão e faço beicinho.
Ainda por cima está a começar a doer-me a cabeça.
Mas apetece-me tanto comer uma porcariazinha qualquer! Nem o chocolate me satisfaz... Ai as tostas do El Corte Inglés...
A ginecologista há 3 anos prometeu-me que com a pílula isto passava mas com o tempo é pior. É mais agressivo. E o choro. E a irritação. Faço profilaxia com o Buspar, devia começar 15 dias antes mas esqueço-me. Porra!
Apetece-me tanto!!!
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