terça-feira, 29 de maio de 2007

Pequenina (recordar...)

Há um ano atrás alguém escreveu este poema numa das minhas fitas de fim de curso. Por dois motivos: porque gosto de Florbela Espanca e porque dizia muito e ainda digo "deixem-me ser pequenina outra vez". Hoje por motivos de trabalho quase não nos vemos mas sabemos que estamos sempre presentes no coração uma da outra. Obrigada Janinha!
Pequenina

És pequenina e ris... A boca breve
É um pequeno idílio cor-de-rosa...
Haste de lírio frágil e mimoso!
Cofre de beijos feito sonho e neve...
Doce quimera que a nossa alma deve
Ao Céu que assim te fez tão graciosa!
Que nesta vida amarga e tormentosa
Te fez nascer como um perfume leve!
O ver o teu olhar faz bem à gente...
E cheira e sabe, a nossa boca, a flores
Quando o teu nome diz, suavemente...
Pequenina que a Mãe de Deus sonhou,
Que ela afaste de ti aquelas dores
Que fizeram de mim isto que sou!
Florbela Espanca

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